quinta-feira, junho 28, 2007

A vontade para escrever ainda não está no ponto. Mas já é suficiente para me fazer rever textos antigos. Aqui fica um escrito quando vivia na minha saudosa lisboa. Uma fantasia ainda por realizar... um estranho.


Incógnito…

Sexta-feira à noite… borga com as amigas! E esta não iria ser diferente. Os preparos começaram com um banho quente mas rápido para não perder a energia, creme de corpo e perfume igual. Rumo ao quarto para a escolha da roupinha… hoje não me apetece sair de calças de ganga como é meu costume. Hoje sinto-me vamp e vou-me preparar como tal. Lingerie preta… meias de liga… botas pretas de salto agulha e cano alto… saia preta justa com um toque flamenco… top preto com um lindo decote… Depois de mais uns detalhes, estou pronta!
Jantar animado com vinho tinto e conversas femininas… Bairro Alto e quando a lua já vai alta… Lux. Piso inferior, bar debaixo do Dj para mais uma bebida. Estou inclinada no balcão a balançar as ancas e distraída a sentir o fio dental, quando sinto um tesão pressionado no meu rabo. Parei mas não me afastei. Sinto o dono daquele caralho duro a empurrar-me contra o balcão e vem encostar-se ao meu ouvido dizer-me… Não devias ser assim, fica difícil alguém resistir… Então não resistas, disse eu, sem me virar. Naquele preciso momento, decidi que aquele gajo me iria comer se eu continuasse sem o ver, o que eu precisava dele já ali estava contra mim, de costas, sem saber a quem pertencia. Durante algum tempo ficamos calados em jogos de empurra e afasta, além disso, tinha de terminar a minha bebida. Sabia que não iria aguentar muito mais tempo sem ter aquele tesão dentro de mim. Estava de tal modo molhada que, mais um pouco e escorreria pelas minhas coxas. Encostei-me no peito dele (só aí me intoxiquei com um perfume inebriante, adoro perfume de homem), e perguntei-lhe: só sabes fazer isso ou vou ter direito a algo mais? Instantaneamente, sinto um braço a envolver-me a cintura e a levar-me para a zona dos lavabos. Deixei-me ir…com um sorriso estampado nos lábios. Entramos na casa de banho masculina, e directamente para uma das privadas. Fez-me debruçar ligeiramente, puxou-me a saia para cima, afastou o meu fio dental e entrou em mim de uma só vez. Como soube bem, aquele caralho grosso e duro quase a levantar-me do chão com a sua força! Fodeu-me bem… Fodeu-me muito… Fez-me vir duas vezes enquanto entrava dentro de mim e me apalpava e me apertava e me puxava contra ele. Continuava sem o ver, já tinha as minhas pernas a tremer dos orgasmos e ele ainda duro, ainda insistente. Entretanto parou. Ouvi-o a dizer… Quero-me vir a sugar a tua língua. Fechei os olhos, inclinei a cabeça para trás e disse-lhe, vem-te! Sinto mais uma vez as suas mãos a puxarem a minha anca para ele se enterrar bem fundo e com dois gemidos e línguas coladas, ele veio-se… quente, dentro de mim. Algo que não sei quanto tempo durou… mas que pareceu parar qualquer relógio que ousasse trazer o futuro. Lentamente ele afastou-se e segredou-me ao ouvido… Que demónio… próxima sexta… mesmo balcão… e desta vez esquece as cuecas em casa… Deu-me um longo beijo na face e foi-se embora. Fiquei por uns momentos a senti-lo a escorrer pelas minhas coxas, misturado em mim. Limpei-me, saí, soltei um beijo para os rapazes que lá estavam, e voltei para a pista de dança…

segunda-feira, junho 25, 2007


Sentiu-se um galho seco, espetado no ar. Quebradiço, coberto de cascas velhas. Talvez estivesse com sede, mas não havia água por ali perto. E sobretudo a certeza asfixiante de que se um homem a abraçasse naquele momento sentiria não só a doçura macia dos nervos, mas o sumo de limão ardendo sobre eles, o corpo como madeira próxima do fogo, vergada, estalante, seca. Não podia acalentar-se dizendo: isto é apenas uma pausa, a vida depois virá como uma onda de sangue, lavando-me, humedecendo-me a madeira crestada. Não podia enganar-se porque sabia que também estava vivendo e que aqueles momentos eram o auge de alguma coisa difícil, de uma experiência dolorosa que ela devia agradecer: quase como sentir o tempo fora de si mesma, abstraindo-se.
Clarice Lispector, Perto de Um Coração Selvagem

domingo, junho 17, 2007

Às vezes é dificil admitir... mas sinto-me só.
Só porque estou fisicamente sozinha
Só porque estou emocionalmente carente
Só porque estou sexualmente carente
Só porque estou longe de todos que importam
Só porque aqui ainda pouco importa...

Sei que o tempo ajuda a esquecer quem ficou longe
Que a distância não destrói as amizades de verdade
Que os novos amigos e amantes vão aparecer
Que tenho de ter paciência...

Mas estar só não ajuda a ter paciência
E a chuva, o céu cinzento e o frio também não
E ter planos e faltar a companhia também não

E sim... sei que vai mudar
Sei que tudo vai ser mais fácil e melhor
Já o é... depois de 3 meses
Mas hoje não....

Preciso de amigos para me lembrar como sou divertida
Amigos para partilhar experiências, conversas e bebidas
Preciso de um corpo quente junto ao meu
Um sexo quente no meu
Preciso de alimentar e saciar este fogo
Que não entende que estou só
Que tenho de esperar

Por isso, perguntam-me
"Estás bem aí?"
Estou, mas ainda muito só...



segunda-feira, junho 11, 2007


And the day came, when the risk to remain tight in a bud was more painful than the risk it took to blossom. (Anais Nin)

If you know what I mean...

sexta-feira, junho 08, 2007


Continuo a preferir os morenos...
Agora só tenho mais trabalho para os encontrar.

domingo, junho 03, 2007

A culpa é tua. Toda tua...
Nao te tenho e estás longe demais para tentar.
Quero-te ainda... quero-te tanto.
Mas estás longe demais para te ter.
E estou aqui sozinha. Com eles e sem ti...